Político de uma nota só, o governador Flávio Dino (PCdoB) vem repetindo para 2022 a mesma tática adotada nas eleições de 2012 e 2018. Embora no bastidor já tenha confirmado que o vice-governador Carlos Brandão é quem reúne as melhores condições para sua sucessão ao Palácio dos Leões, publicamente, Dino trabalha para que a base governista permaneça unida em torno de sua decisão, e para isso vem empulhando que a escolha final será tomada em conjunto pela coalização de aliados e partidos.
No pleito de pouco mais de oito anos atrás, embora no bastidor já houvesse se decidido por Edivaldo Holanda Júnior, publicamente o comunista manteve o quanto pode o discurso de que a unção seria tomada pelo grupo, com base em pesquisas internas. Ao final, mesmo diante da discordância da maioria dos aliados, Dino confirmou os bastidores e apoiou Edivaldo Júnior para a Prefeitura de São Luís contra João Castelo, consagrando-se vitorioso nas urnas.
A mesma tática foi repetida nas eleições de 2018, mas desta vez a favor de Weverton, agora vítima da estratégia dinista. Embora o Maranhão tivesse direito a duas vagas ao Senado naquele pleito, enquanto tapeava o ex-governador José Reinaldo Tavares, Flávio Dino já havia decidido que a primeira vaga seria de Weverton. Após meses de humilhação, Zé Reinaldo rompeu com Dino, e a outra vaga foi dada a Eliziane Gama, sob o argumento de que o ex-aliado não tinha esperado o resultado das pesquisas e decisão do colegiado de aliados.
Para 2022, Dino vem repetindo a tática: no bastidor, já se definiu por Carlos Brandão, a que deu aval e incentiva para já atuar como governador, cargo onde será efetivado a partir de abril do próximo ano. Em entrevistas e a pessoas não próximas, porém, vem confundindo e dizendo que a decisão será tomada apenas no final do ano.
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